quarta-feira, 21 de janeiro de 2015


Não me estranha nada a formidável queda do desemprego de que se gabam os arrivistas incompetentes que o pagode pôs no mando, graças ao fino discernimento expresso de há quarenta anos para cá.
Se o Banco de Portugal desmente, assinalando uma das fintas dos aldrabões, é que há outra terrível força de bloqueio, nesta entidade isenta, séria e capacíssima, como se vê, entre mais coisas, na meritória acção do Espírito Santo.
Mas tão gritante e desfaçada é a aldrabice em marcha que até comparsas se distanciam, ainda que timidamente.
Na realidade, o desemprego não desce, sobe e bastaria a quem lida mal com os números, como eu, pensar um pouco:
Muitos de nós, espoliados, depois de anos a correr para a bicha dos que acreditam ainda haver futuro, assim, deixaram de o fazer, que até a esperança tem limites.
Também, centenas de milhares com o desemprego e um povo invertebrado a consentir ser esfolado, decidiram por emigrar, superando recordes de toda a década de 60, com a agravante dos actuais em fuga terem uma preparação capaz, mas de que o país prescinde, desdenhando o retorno dos recursos que investiu.
Certos do alheamento e ignorância em geral, os vígaros do desgoverno aproveitam dinheiros que a Europa reserva para esta aldrabice em curso e inventam os estágios em que se paga ao patrão, a troco de que alguém lhe varrerá a casa por poucos meses, não muitos, e servem às estatísticas imaginar empregados onde realmente não há.
Quis Bruxelas amparar os aldrabões de serviço e alterou o processo de calcular percentagens, assentando doravante na população dos activos que, como se disse, encolhe e encolherá.
Contudo, à engenharia do truque restam os resultados bem magros de umas tantas contratações, muito proveitosas a quem explora, que, livre do empregado mais pago e alguns direitos, pode permitir-se um outro, mal pago e sem direitos.
Eis, em resumo, a razão do colossal sucesso, na boca do amarelinho Goebbels e quejandos bem cevados, já que os números nos dizem o que queremos que nos digam.

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