Não me motiva alguém escravizar alguém, roubar-lhe a
dignidade, para, depois de usado, esquecê-lo nas valetas, à espera que a
sarjeta o trague.
Repugna-me a competição da besta, quando tenho percorrido a
vida, procurando ser pessoa.
Percebo que a sociedade em agonia ponha na selva o ideal,
procurando salvar-se, quando mais nada lhe resta.
Mas, se o destino me fez ver a regressão do momento, não me
consente o respeito, a resignação de vencido.
E, onde supuser futuro, estarei, enquanto me acalentar ao
sol que, sendo o mesmo, dia a dia se renova a renovar gerações.
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