De portas adentro ou portas afora, a pantominice impera.
“Eu sempre disse”, como lema dos dias, está a ter tanta
voga, como um mea culpa papal.
Houvesse sobrevivido o Hitler à sua antecipação da Merkel e
encontraria um Soares ou outro democrata dos tempos que, às pancadinhas nas
costas, juntava:
-Não vale a pena mentir. Em nome da reconciliação nacional,
o que lá vai lá vai. Não queiras estragar-nos a festa que nós já entendemos a
ideia e até a melhorámos há muito. Os perigos são outros agora, que andam uns alucinados
tentando fazer os povos pensar. Uma escumalha sem nome de Monederos, Iglesias,
Navarros e até Losurdos, Chesnais, Eagleton, Harvey, Arriola, Vasapollo e
Lapavitsas, todos tresloucados perigosos.
Deus saberá o porquê de só a nós nos prendar com a
inteligência das coisas.
Mas, os desígnios de Deus são, desde sempre, insondáveis.
Basta-nos o sermos eleitos e dados de exemplo ao mundo.