Curioso que quantos se horrorizaram com Paris, entrando açodados
na grande encenação de “je suis Charlie”, pela liberdade de expressão, não se
precipitem à mesma em defesa do Syriza, cuja prioridade, parece, é a liberdade
de um povo que, espezinhado e humilhado, afirma uma dignidade, mais ofendida
ainda, não por um só acto de barbárie, mas vários, por vários anos.
Muito pelo contrário, ou vociferam, de imediato, que nós não
somos os gregos, sem esconder servilismo, como anseiam pelo fracasso de uma altivez
esquecida, antegozando uma Grécia que se suma em derrota e sofra, no pelourinho,
a fúria dos agiotas, o escárnio da populaça.
São 12 as vítimas de um dia e é escândalo, revolta, guerra,
se o mando assim entender.
O mando que, dia após dia, torna esta Europa uma máfia que
rouba, extorsiona, mata, não doze, mas muitos milhões.
Tinhas razão, Einstein, é a estupidez infinita.
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