Percebo por que se foge da agricultura: cansa e não
compensa.
Muito preferível, é certo, sentadinho à secretária ou
poltrona administrativa, com escravos a encher-nos o prato.
Pedagogicamente falando, um estagiozito de uns anos neste
labor desprezado de fazer muito e ter pouco, talvez nos curasse da lepra de um
gago que quer cantar, da bêbeda que quer valsar, do sádico que quer reinar, do
símio que quer ser gente.
Não se me dava que houvesse um doutoramento em bom-senso ou
pós-pós-doutoramento em sensibilidade e respeito.
Depois de trilhadas as sendas tão ínvias e infrutuosas,
talvez nos servisse um caminho, o da humanização do homem.
Experimente-se, já que há pouco a perder e muito menos
soberania, que essa se nos escapou há muito.
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