Dever-se-ia chamar jornalismo de enjoo à modalidade prezada
por estas bandas de cá.
Como não se encontra excepção no número dos papagaios, nem
nos plumitivos aceites, a soldo de uma situação que fede, é de crer que a
escola é ela a espalhar tal vírus, sabido o valor e a pedagogia dos mestres aí
actuantes.
Que ensinarão os doutores das artes da desinformação?
Demiurgia, nem mais, à falta de termo capaz.
Porque, do nada, terá de nascer todo um cosmos, criando o
vazio espessura.
Exemplo:
Um gato comeu um rato.
Banal, parece?
Não é, se virmos implicações sociais, causas antigas e/ou
recentes, várias repercussões faunísticas e o historial do finado.
Querendo-se estimular interesses, procure-se quem viu ou
ouviu, peça-se entre vizinhos mais próximos o testemunho de alguém, que sem ter
assistido à tragédia, conhece casos idênticos, pois, em vida de qualquer um, a
vida reserva surpresas.
Sobrando ao espaço de informe minutos ou linhas a fornir,
alargue-se a lição aos carníveros que, desde que o mundo foi mundo, devoram-se
sempre uns aos outros, razão de alicerce à razão do neoliberalismo actual, que,
como se sabe, é já velho.
Mas, visceralmente enjoante é fazer-se prática da prática,
aquando se exigia respeito, seriedade, postura, ao noticiar o final do nosso
Manoel de Oliveira.
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