sábado, 30 de maio de 2015

Vê-se com asco o pequeno vadio que chula mulheres à procura de afecto, que, no exercício da vida, vende arremedos de amor aos que lhe queiram pagar qualquer solidão a dois.
Gaba-se contudo quem suga centenas, por vezes milhares, que, acumulados  em fábricas, empresas e variantes, se esfalfam para contentar o chulo a quem sustentam.
Onde encontrar diferença se a intenção é a mesma e a exploração não difere?
E note-se: o primeiro é cioso e defende à naifada a pessoa que o mima; o segundo não reconhece sequer quem lhe permite o estadão e a aventurança entre os seus.
É que a um escasseiam recursos que convém preservar e ao outro a miséria não falta donde ele possa lucrar.
Curioso é dizer-se que a história evolui porque nem o burguês é um nobre, nem o nobre era um patrício.
Contudo, esclavagismo, feudalismo, capitalismo, são máscaras, apenas, de uma só realidade: um homem explorando outros homens.

sábado, 16 de maio de 2015

“A integração transformou-se numa catástrofe política e económica” – Wolfgang Streeck, director emérito do Instituto Max-Planck para o Estudo das Sociedades, Colónia.
E são pequenotes destes que ousam pôr em dúvida as crenças, convicções, certezas dos gigantes nossos, como a amarelinha ou o negreiro, não falando dos outros de segunda linha mas grandes, enormes, agarrados ao tacho e à libré de lacaio.
Percebe-se, pois a vistosidade da cor e dourados não se assemelha em nada ao fato domingueiro de Braga ou Bragança e, muito menos, Famalicõ.
É certo, também, que a esperança de se pertencer à máfia dos Schäuble e Draghi e Juncker é tão motivadora como as palavras de Cristo ao pobre do Lázaro, que já cheirava mal, a podre, como os Lázaros de cá.