terça-feira, 28 de julho de 2015

Falta-me só o ser gordo para uma dignidade de paxá.
É certo que se exige um currículo, quando a nascença não prenda e, trabalho primeiro, ser eunuco prestável no harém do califa.
A castração requerível foi tentada na escola, criança, adulto, com resultado menor, aceito.
Donde a demora em que estou, ainda que simule ser dócil, tapete, cão à procura de um dono.
Sabemos que são muitos na bicha, mas julgo ter por mim, além da indignidade e descaro, certa dose de esperteza, coisa presentemente bem rara.
Mas está aqui, sem dúvida, toda a razão do meu erro, porque útil, útil, de facto, é só o burro que fala pela boca do que lhe achega a fava.
E, se for certo o que digo, jamais virarei colunista e, muito menos, director.

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