sábado, 18 de julho de 2015

Vai a minha bênção para eles, que tudo fizeram para que nós nos revoltemos.
Se a estupidez foi tanta, ou a cobardia imensa, que continuaremos à espera, para ver, segundo os comentadores e os sabedores analistas, a culpa já não é deles, só nossa.
Que a imbecilização vem de longe, escola, televisão, jornais, artes e várias formas de expressão, valoração, remuneração, aceitação, numa aposta conjunta de quanto pior melhor, todos sabemos.
Apesar de tudo, caramba, há meia dúzia que pensa e, se alguns o fizerem, outros mais o fariam.
Bastaria parar, hesitar, perguntar:
- O que me impingem está certo? É um modismo inocente?
Não, filosofia, moral, pedagogia, ciência são nada, quando não nos trazem dinheiro.
Pois adoptemos o nada, muito mais pingue.
A pintura é com os pés?
Pintemos, então, com os pés.
Música e dança e canto são guincho, ruído, contorção de epiléptico?
Também quero ser artista, já que é coisa ao meu alcance.
Temos, assim, um mundo, onde há infestação de artistas, sábios, atletas e demais parasitas, porque o trabalho não rende.
Alegremente, em doce satisfação idiota, a sociedade gangrena, apodrece e morrerá.

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