segunda-feira, 15 de maio de 2017

O sonho não é a gamela
olhar o umbigo crescer
juntar vidrilhos de pegas
Cegas
            se não vês contigo
ele ou ela como teus iguais
e a criança de hoje
homem de amanhã
potenciando o que pode
uma ode à alegria
jamais à fera bravia
e a selva não se fará ouvir
Assim
está escolhido o tonto
títere a manipular segundo
a finança do mundo
                               visa e pretende
Bomba aqui bomba acolá
qualquer ponto
Ouro petróleo o que for
o pavor rende
a Bolsa não pode não deve
                                    não irá cair
se tu ou alguém resistir
os tratados celebrados
querem carne para canhão
e de vassalo a rei
o escrito e assinado é lei

sexta-feira, 5 de maio de 2017



Impossível esperar
proíbe-o a desvergonha o despudor
A raiva tua e minha quer detonar
assinale-o ou não um dedilhar de guitarras
É hora de novo Abril
desamarrar amarras
redescobrir amor
a dignidade perdida
uma ilha haverá agora esquecida
Amigo amiga
tentemos
temos que nos baste de servidão


Faz-te ouvir em palavras remoçadas
nossas não são as outras poluídas falseadas
o teu o sempre teu é o humanismo
as utopias perdidas
norte de ideias acção arte saber
antes da supercolossal traição
gangrena acumulada em anos
calando enganos ocultando a fera
Pois lavemo-las e elevemo-las
guias na ida de novo
de uma só classe o povo
a decidir por si
repugnando o fútil o parasita o inútil
o senhor e o criado
Ultrapassado o passado
o homem homem
nascerá então